quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Nota do Autor

Sou brasileira. Paulistana. Sou jovem...Sou #vegan. Virginiana. Publicitária.Setentista e sambarockeira.
Espírita. Viciada em música, dança, livros, animais...Sou um novelo...de nós.
Sou amante e amadora das artes e das ciências sociais.
Para tanto, quando não se sabe escrever mas tem súbitos de necessidade, um remédio: O blog.
Para quem não tem no ventre a semente fértil da música, resta a admiração aos extraordinários que a gera, que falam o que precisamos ouvir, expressam o que gostaríamos de gritar, sem perder a propriedade e a maestria. Enfim, como nós, mortais, gostaríamos de tê-lo feito.
Não poderia deixar então de citar, antes de mais nada, a inspiração e os devidos créditos para o título do blog. Pensei em minha vida e encontrei um novelo de lã, envolto a vontades, misturados a dúvidas infinitas.Como expressar - sem o menor dom - de forma sucinta todo esse enrosco?!
E aí, como na maioria das vezes acontece, lembrei dos meus compositores prediletos: Chico, Vininha, Camelo, Amarante.... 
Amarante... Criativo, genial, excêntrico. Fundamental. Em uma de suas mais perfeitas composições, PAQUETÁ fala de uma forma só dele as principais complicações de um relacionamento.
Foi assim que conheçi a expressão e desde então nunca vi algo que traduzisse tão maravilhosamente o que eu gostaria de dizer.
Obrigado, Rodrigo=)


04. paquetá
(rodrigo amarante)


ah, se eu agüento ouvir outro não
quem sabe um talvez ou um sim
eu mereça enfim.
é que eu já sei de cor
qual o quê dos quais
e poréns dos afins
pense bem
ou não pense assim!

eu zanguei numa cisma, eu sei
tanta birra é pirraça e só
que essa teima era eu, não vi
e hesitei, fiz o pior
do amor amuleto o que eu fiz?
deixei por aí...
descuidei, dele quase larguei
quis deixar cair.
mas não deixei
peguei no ar
e hoje eu sei
sem você sou pá-furada.

ai, não me deixe aqui
o sereno dói
eu sei, me perdi
mas êi, só me acho em ti.

que desfeita a intriga, o ó!
um capricho essa rixa; e mal
do imbróglio que quiproquó
e disso, bem, fez-se esse nó.
e desse engodo eu vi luzir
de longe o teu farol.
minha ilha perdida é aí
o meu pôr-do-sol.

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