quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Passagens

Pelo teu sono, eu a te zelar
As conversas molhadas da alta madrugada
As mensagens telepáticas com o olhar
As flores no centro da mesa da sala

Todos eles me perguntam por voce
Quando me vêem de passagem
Repetidamente vêem, e quase sempre
Reclamam a tua presença


A estatueta que me observa chorando no altar
Uma ajudante para os domingos de culinária
Sua luz branca no fim do corredor a me esperar
Seus passos desencontrados procurando a melodia


Todos eles me perguntam por voce
Quando me vêem de passagem
Repetidamente vêem, e quase sempre
Reclamam a tua presença

Na tua janela um luar pra iluminar
Os dedilhados da tua guitarra
Meu vestido colorido a te rondar
O sorriso largo em teu ombro na beira da estrada


Todos eles me perguntam por voce
Quando me vêem de passagem
Repetidamente vêem, e quase sempre
Reclamam a tua presença


Vago, e por tantas vezes ainda o vejo vindo
Que, por ter sido um sonho
Talvez ninguém tivesse ainda percebido
Que você sempre esteve, todo o tempo, comigo.

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