sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Salvar em Rascunhos?


Sou do tipo de pessoa que gosta de escrever, mas não gosta de se explicar. Minha forma de me expressar pela escrita é muito profunda, fato que justifica as horas que levo "esculpindo" um texto. Escolho cada palavra, moldo cada frase, alinho cada ideia. É difícil pela complexidade - o que não tem relação nenhuma com escrever bem ou mal, coesiva e coerentemente ou não -  porém não vence o desejo; como o estancar da hemorragia não vence o fatal jorrar do sangue (maravilhoso e transbordante, né Chico?). É mais do que dizer: É uma necessidade fisiológica do meu corpo e da minha alma.
Quando tenciono, as palavras se calam na ponta da língua. Por mais que me provoquem e aticem os nervos, nada nem ninguém consegue arrancá-las pela minha boca.Isso, acredito eu, se deva porque pra dizer às vezes é preciso não pensar. Quem fala muito, fecha os olhos e ouvidos, cego e surdo também às consequêcias. Não consigo não pensar nas consequências.Simplesmente não consigo dizer sem antes pensar demais. No calor das emoções, a boca serve de muralha para todas aquelas palavras que queiram fazê-lo. Sem saída, elas se acumulam pela minha 'estrada de mão'...Única. Assim, o desmoronar é iminente.
É tão forte que uso feito terapia. Escrevo o que preciso dizer e guardo o texto pra mim. Espero o tempo da raiva, e quando a poeira assenta, leio, trabalho e estudo o que fazer com aquele sentimento, antes intangível por origem, ora calcificado em moléculas de texto. Engraçado é depois ver minha caixa de e-mails com quase trinta "rascunhos"... (vide o print!)
Por isso, ao ler um texto meu, não me peça explicação. Ele é minha midia, meu veículo de comunicação de sentimentos. Não existe sinônimos ou traduções. Leia... e sinta.

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